UM de NOS José Carlos Freitas

“Estou muito contente com os desafios que me propõem”

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José Carlos Freitas iniciou funções na UMinho há 32 anos, num Centro CAD da Escola de Engenharia, em Guimarães

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O seu percurso foi marcado pela tecnologia e informática, mas atualmente, na Escola de Arquitetura, acumula outras funções

“Sinto que o meu contributo e crescente dedicação podem ser uma mais-valia para a Escola”, confessa

José Carlos Freitas

Nasceu há 51 anos em Creixomil, Guimarães. Veio trabalhar para a UMinho em 1989, num Centro CAD a nascer. O seu percurso foi marcado pela tecnologia e informática, mas vai mais além na Escola de Arquitetura, numa equipa que considera multitask.

Como se deu a sua chegada à Universidade do Minho?

Foi em 1989. Através da sra. Julieta Moreira, funcionária da UMinho, soube de uma vaga para um novo Centro CAD [desenho assistido por computador], que iria funcionar na que é hoje a Sala de Atos da Escola de Engenharia. O Centro estava a ser coordenado pelo professor Naim Haie, do Departamento de Engenharia Civil. Candidatei-me e, logo a seguir à entrevista, fui chamado para iniciar funções, em novembro desse ano.

O que começou por fazer?

As minhas funções passavam, essencialmente, pelo apoio aos estudantes e docentes de Engenharia, mais concretamente aos de Engenharia Civil e Têxtil. Na altura, o Centro possuía 10 computadores com software de desenho, tal como o AutoCAD, uma plotter horizontal para impressão de moldes têxteis, um scanner A3 a cores e uma impressora térmica de cera a cores. Para a época, era tudo tecnologia de ponta! [sorriso]

Como foi o seu percurso profissional desde então?

Desempenhei funções no Centro CAD até abril de 1991, altura em que fui integrado no então Centro de Informática. Trabalhei nesse serviço até dezembro de 2002, desempenhando funções de técnico de informática. Fazia a instalação e a manutenção de computadores para apoio aos alunos, montagem de cablagem de redes pelas várias infraestruturas do campus de Azurém e dava apoio aos docentes e funcionários da UMinho. Foi durante este período que ingressei, finalmente, no quadro de pessoal da UMinho, ao abrigo do Decreto-Lei 81-A/96; até 1998, o meu vínculo contratual foi sendo sempre efetivado através da TecMinho.

Já estava há uma década na UMinho.

Sim. Mais tarde, em 2003, fui destacado por um ano para uma nova unidade da Escola de Engenharia, denominada Infraestrutura de CAE (ICAE), que se destinava a prestar apoio exclusivo a alunos, investigadores e docentes que necessitassem de utilizar ferramentas de CAD/CAE. Um ano depois, regressei ao Centro de Informática, nessa altura já com a designação de Serviço de Apoio Informático à Aprendizagem (SAPIA). Como tinha bastante experiência com ferramentas de CAD, fui incentivado pelos professores Ana Luísa Rodrigues e João Rocha a candidatar-me a uma vaga no Departamento Autónomo de Arquitetura. Foi assim que, em fevereiro de 2005, entrei neste projeto, onde ainda hoje me encontro. De Departamento Autónomo a Escola de Arquitetura e, agora, Escola de Arquitetura, Arte e Design, tem sido um gosto e um privilégio fazer parte da história e do crescimento deste projeto! [sorriso]

O que sentiu quando chegou ao Departamento Autónomo de Arquitetura?

Senti e vivo um ambiente diferente de todos aqueles por onde passei. É um ambiente mais descontraído, mas igualmente sério e profissional. A integração foi muito fácil, uma vez que fui muito bem-recebido e apoiado.

Que funções foi desempenhando?

Comecei por fazer a manutenção e instalação de todo o equipamento informático, bem como a sua implementação e administração. Consegui a estruturação dos equipamentos informáticos e a implementação de um sistema de impressões, que permitiu a utilização das plotters e impressoras de forma controlada e autónoma por parte dos alunos e docentes. Assumo também funções relacionadas com orçamentações, compras públicas e gestão de stocks e, ainda, no Laboratório de Construção e Tecnologia da Escola, onde sou responsável pelo corte a laser e por uma máquina de corte de madeiras. Realizo trabalhos para alunos, docentes e investigadores e outras unidades da Universidade e externas. Presto apoio aos alunos e docentes dos campi de Azurém e Couros [Guimarães] e sou o elemento de contacto entre a Escola e os serviços de gestão das infraestruturas, verificando e reportando problemas nas instalações.

“Integro uma equipa multitask, todos fazemos um pouco de tudo”

O que o marcou mais ao longo deste tempo?

Ter feito parte da história da Escola e ter criado laços de bom companheirismo e de amizade com colegas e professores. Também foram muito marcantes as funções que exerci por último, durante o confinamento. Foi-me proposto a criação de uma helpdesk para apoio remoto a docentes e estudantes com dificuldades nas aulas à distância. Foi uma experiência boa e bastante reconfortante, por ter podido ajudar pessoas, mesmo à distância e numa situação tão difícil para todos. Integro uma equipa multitask, onde todos fazemos um pouco de tudo. Esticamo-nos ao máximo para chegar a todo o lado e eu não sou exceção. Apesar da minha formação ser na área informática, adoro tudo que é trabalho manual, daí não ter qualquer problema na execução de todas as outras tarefas. Estou, por isso, muito contente com os desafios que me têm sido propostos.

O que considera mais marcante no percurso da Escola de Arquitetura?

A abertura da área do Design e do novo campus de Couros foram pontos marcantes e de viragem, que nos trouxeram já muitos desafios, alguns deles complicados, mas todos interessantes, que nos lembram o quanto há ainda a fazer e a melhorar na Escola e no campus.

O que é que ainda tem para oferecer à Escola de Arquitetura e à UMinho?

Cheguei a uma idade e a um nível de maturidade e experiência que sinto que o meu contributo e crescente dedicação podem ser de ainda maior ajuda e uma mais-valia para a Escola. É isso que me vão dizendo, o que é bom sinal!

  Na gaveta da minha secretária guardo muita “tralha”, ferramentas e cabos.

Mal entro no carro, ligo o rádio para ouvir a rádio RFM, mas em casa prefiro um bom filme de ação.

Considero-me uma pessoa responsável, mas penso que os outros me acham uma pessoa calma.

  Num jantar de família, não dispenso boa comida e boa bebida! E arroz de cabidela!Ao fim de semana, ligo a televisão para ver filmes de ação e futebol nacional e estrangeiro.

  Nada me fará esquecer o momento em que as minhas filhas nasceram.

  Gostava muito que amanhã tudo voltasse “ao normal”.

  À sombra de uma árvore, leria artigos digitais sobre novas tecnologias.

  Sonho diariamente com o bem-estar da minha família.

  O meu dia não acaba sem relaxar um pouco no sofá.

  Esta pandemia deu-me mais tempo de qualidade, em família.

  A UMinho é uma instituição à qual muito me orgulho de pertencer, mas que gostaria de ver crescer de forma mais  saudável e sustentável.

30-04-2021 | Paula Mesquita | Fotos: Nuno Gonçalves