Todos os trabalhadores da administração pública poderão, se o desejarem, fazer greve a 14 e 15 de fevereiro. O objetivo do primeiro de dois dias de greve é promover a participação numa concentração frente ao Ministério das Finanças.

Os sindicatos da Função Pública já tinham anunciado uma greve para dia 15 de fevereiro, mas a Fesap e a FNE, duas estruturas da UGT, anunciaram esta segunda-feira, 28 de janeiro, que também vão emitir um pré-aviso para dia 14.

O objetivo é promover a participação numa concentração em frente ao Ministério das Finanças, na quinta-feira (dia 14) e a adesão à greve no dia seguinte, sexta-feira (dia 15). Segundo José Abraão, da Fesap, o pré-aviso abrangerá todos os trabalhadores da administração pública.

"O pré-aviso abrange todos os trabalhadores da administração pública nos dias 14 e 15 de fevereiro", afirmou ao Negócios o secretário-geral da Fesap, depois de ter divulgado um comunicado sobre o assunto. "O pré-aviso para dia 14 tem como objetivo criar as condições para que os trabalhadores que queiram deslocar-se à concentração de dirigentes, delegados e ativistas no Ministério das Finanças o possam fazer", acrescentou.Nessa concentração será entregue uma carta dirigida ao ministro das Finanças, Mário Centeno, a propósito de "uma grande jornada de luta que pretende inverter a trajetória de perda de poder de compra, levando o Governo a abandonar a política de baixos salários, enveredando por políticas de emprego que valorizem e dignifiquem os salários e as carreiras de todos os trabalhadores".À cabeça da lista de reivindicações com 14 pontos estão aumentos salariais "para todos os trabalhadores" – já depois de o Governo ter decidido concentrá-los nos salários mais baixos e por vezes em alternativa ao efeito das progressões – a atualização do subsídio de refeição e das ajudas de custo, ou a contagem "de todos os pontos e de todo o tempo de serviço de todos os trabalhadores para efeitos de progressão nas carreiras".A greve de dia 15 de Fevereiro é convocada pelas estruturas da CGTP (frente Comum) e da UGT (Fesap).

Catarina Almeida Pereira Negócios
28 de janeiro de 2019