Direção da Escola de Medicina da UMinho demite-se com acusações à reitoria

Nuno Sousa era o presidente

A direção da Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho) anunciou a demissão, com acusações à reitoria de ter levado a cabo cortes orçamentais. “Divergências estratégicas” também são motivo.

A informação foi avançada esta tarde pelo Jornal de Notícias, que teve acesso a uma nota de demissão de Nuno Sousa, presidente da direção: “As razões que motivaram esta decisão estão relacionadas com uma divergência na política universitária e estratégica que existe entre a Reitoria/Conselho de Gestão da UMinho e a Presidência da Escola de Medicina”.

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Refere a nota, citada pelo JN, que as divergências são de natureza “conceptual e tradução operacional”, levando a que seja condicionado o “projeto que se impôs pela qualidade ao longo das últimas duas décadas”.

Nuno Sousa disse já ter informado as restantes direções da UMinho que o orçamento para este ano compromete “a gestão operacional pedagógica e científica”.

Disse ainda que as relações com a reitoria têm-se “agravado significativamente”.

“Chegados a este ponto, após várias interações, e porque não me revejo nesta estratégia da UMinho, decidi apresentar a demissão do cargo de Presidente da Escola de Medicina”, escreveu.

De acordo com a Rádio Universitária do Minho (RUM), a reitoria afirma ter sido “informada atempadamente” da decisão de Nuno Sousa, mas “o reitor não tem mais comentários a fazer sobre a matéria”.

RUM 29 abril 2022

A decisão foi motivada pela falta de entendimento com a reitoria.

Opresidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho, Nuno Sousa, anunciou, esta sexta-feira, a sua demissão e a de toda a direção da unidade orgânica dos respetivos cargos. Em causa está “uma divergência na política universitária e estratégica que existe entre a reitoria e a presidência da Escola de Medicina”, como refere Nuno Sousa no comunicado enviado à comunidade académica.

A “divergência” tem “natureza concetual e tradução operacional”, abrangendo o plano orçamental e de gestão. A situação tem limitado “a concretização de um projeto que se impôs pela qualidade ao longo das últimas duas décadas”, acrescenta Nuno Sousa. No comunicado, esclarece que já notificou os órgãos de gestão da escola de que a falta de entendimento ao nível orçamental “compromete a gestão operacional, pedagógica e científica”.

“Estas divergências, que se têm agravado pela política definida pelo atual Conselho de Gestão da UMinho, não só comprometem o presente da Escola de Medicina, como o seu futuro”, considera o presidente demissionário. Como tal, a sua decisão foi motivada pela falta de entendimento com a reitoria e pelo facto de não se rever na estratégia atual da UMinho