Ensino à distância é a solução encontrada na Universidade do Minho para salvar o ano lectivo. A suspensão das aulas presenciais é para manter. Em Medicina o ensino já é 100% ‘on-line’.

O reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, assegurou ontem que 50 por cento unidades curriculares da Universidade do Minho já estão a funcionar através do ensino à distância. A informação foi dada no final de uma visita do ministro Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, tendo o governante sublinhado a capacidade de as universidades e institutos politécnicos se adaptarem à nova realidade provocada pela pandemia de COVID-19, nomeadamente com o recurso ao ensino à distância e ao teletrabalho.
“Em situações muito adversas e dramáticas, estamos a ser capazes de reagir, para cumprir com a nossa missão”, declarou o reitor, adiantando que, ainda durante esta semana, deverá também ficar “estabilizada” a questão do teletrabalho na instituição.

A Universidade do Minho suspendeu, no dia 10 de Março, todas as actividades lectivas presenciais, depois de um aluno ter sido infectado por COVID-19.
De então para cá, foi confirmada a infecção de um segundo aluno pelo novo coronavírus.
“Num prazo bastante curto, a Universidade do Minho foi capaz de reagir e introduzir alguma normalidade num quadro de grande anormalidade e de dramatização”, realçou ontem o reitor.

A Escola de Medicina, 100 % do ensino já é feito à distância e vários serviços adoptaram totalmente o teletrabalho

“Esta situação [ensino à distância] está generalizada em todas as instituições de ensino superior, umas mais rápidas que outras”, referiu Manuel Heitor, depois de reunir por videoconferência com os responsáveis dos vários sectores da universidade e ter assistido a uma aula via ‘streaming’ com estudantes de Medicina.

“Em todas estas reuniões, tivemos todas as precauções, seguindo escrupulosamente todas as orientações das autoridades de saúde”, assegurou o governante, questionado pelos jornalistas se a sua deslocação não contrariava as indicações dadas pelo Governo para os portugueses ficarem em casa.

“Obviamente, vivemos uma situação de grande alarme social, mas através da adopção de boas práticas vamos combater o alarme e tragédia em que todos vivemos”, sustentou Manuel Heitor.

O governanente presenciou igualmente algumas reuniões na plataforma Centro de Medicina Digital P5, através do qual a Escola de Medicina disponibiliza um serviço clínico digital sobre o Covid-19, para atendimento generalizado e gratuito à população (http://www.p5.pt/helpdesk/).

José Paulo Silva - Correio do Minho