João Proença: “Governo mais troikista que a troika pôs a ADSE completamente financiada pelos beneficiários”

 Presidente do Conselho Geral e de Supervisão diz que a ADSE está distante da ideia que muita gente faz dela, sendo financiada pelos beneficiários. João Proença está a ser falar do futuro da ADSE numa conferência na SEDES.

“A ADSE não é um privilégio nenhum dos funcionários públicos”, começou por dizer João Proenca, presidente do conselho geral e de supervisão da ADSE, na sua conferência “Uma ADSE com Futuro”, no âmbito do ciclo “Fim de tarde na SEDES com quem sabe”, realizado nesta tarde de segunda-feira no auditório da Associação para o Desenvolvimento Económico (SEDES).

O ex-secretário-geral da UGT lembrou que o “Governo mais troikista do que a troikista” levou a que a partir de julho de 2014 a ADSE passasse a ser totalmente financiada pelos beneficiários, quando essa meta deveria ter sido atingida só em 2016. Apesar disso, João Proença referiu que “muita gente fala da ADSE como era há 40 anos”, sublinhando que o financiamento por parte dos beneficiários começou logo que o Sistema Nacional de Saúde foi criado, em 1979.

Leonardo Ralha e Ânia Ataíde 25 Novembro 2019

(Em atualização)

Presidente do Conselho Geral e de Supervisão culpa Governo e Conselho Diretivo da ADSE por uma “paralisia inaceitável” provocada com “vetos de gaveta” por parte do Ministério das Finanças.

O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, João Proença, disse nesta segunda-feira, na conferência “Uma ADSE com futuro”, que está a fazer na SEDES, que a escassez de quadros do instituto público está a causar “problemas seríssimos” que incluem “atrasos brutais nos reembolsos” e falta de auditorias aos prestadores de serviços de saúde.

No final da sua intervenção, o antigo secretario-geral da UGT salientou que o bom funcionamento da ADSE está a ser condicionado por “um direito de veto de gaveta por parte das Finanças e não sei se por parte da Saúde”. João Proença disse mesmo que “no atual quadro de gestão há uma paralisia inaceitável”.

Referindo que a falta de trabalhadores ocorre “por culpa do Governo e do Conselho Diretivo da ADSE”, João Proença realçou que esta conta atualmente com menos trabalhadores do que tinha no final do ano passado.