A tutela fez um balanço ao corte de 5% das vagas em Lisboa e Porto, no ano passado, e rebate a crítica de que os privados ganharam com a medida.

Nos dois últimos anos, as instituições de ensino superior que percentualmente mais cresceram foram os politécnicos de Tomar, Bragança e Portalegre e as universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro e Madeira, todas instituições localizadas em regiões de baixa densidade populacional.
Os dados foram avançados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, liderado por Manuel Heitor, que os suporta nos nas estatísticas referentes aos alunos colocados na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso. “Os dados mostram que a redução em 5% nas vagas das instituições de ensino superior de Lisboa e Porto definida em 2018/2019 teve uma consequência reduzida ao nível da eventual deslocação de estudantes originários do Porto e de Lisboa para outras regiões”.
Pelo contrário, acrescenta o documento, “diminuiu a deslocação de alunos dessas regiões para Lisboa e para o Porto, tendo diversificado o seu destino para outras regiões e cidades do país”.
O balanço do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior conclui ainda que, em particular, nas regiões de Lisboa e Porto, o ensino superior politécnico privado teve uma diminuição nos ingressos de 1,3% e o ensino superior universitário privado uma diminuição de 1%. Deste modo, o Ministério rebate o que tem sido dito por algumas vozes: “as instituições privadas não absorveram os estudantes correspondentes ao corte de 5% nas vagas de instituições de Lisboa e Porto”.

Almerinda Romeira 15 de junho - Jornal Económico